sábado, 22 de setembro de 2007

Mas eu não Acredito!

As nossas vontades acabam se resumindo em um poema como este ultimo publicado.
Queremos sucego, paz, dinheiro e ser bonitos! Mas dá uma preguiiiça...
Ir embora pra Pasárgada, é quem sabe um dia ser aquilo que temos vontade de ser e não somos, é claro.
Tá, pode dizer que é feliz do jeito que é. Mas eu não acredito! Nem um pouco. Eu sei que você chora sozinho as vezes por algumas burradas que faz e que pensando duas vezes... "Porque eu fiz isso??". A psicologia deve explicar isso, mas como eu não estudo isso, vou ficando com os meus comentários.
Pode dizer que é feliz do jeito que é. Mas eu não Acredito! Eu sei que você é bunito, mas queria ser diferente. É ruim olhar no espelho as vezes e ver uns defeitinhos. Há! Que só você vê né? Aquela covinha estranha que todo mundo acha bunitinho... Aquela pancinha que marca na camiseta e todo mundo diz: "desencana!"... Incomoda.. Pra cacete!
Pode dizer que é feliz do jeito que é. Mas eu não Acredito! Aquele trocado na carteira que por um instante deseja ser um trocadão! Aquela grana pra gastar no salão de beleza, no shopping ou no buteco!... Ah, como faz falta uma notinha de cinquenta as vezes! Tá difícil.
Mas que saco de texto... Tá me deixando deprê...
Tá bom! Você é feliz. Sempre foi!
Contentar com o que tem, e querer mais um pouquinho é saudável...
Vamos embora pra Pasárgada?

vou


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.


Vou-me Embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

dia de pescaria

pescador cômodo.
pensar em um feriado em família em um pesque e pague.
acordaram 11 horas da manhã e o pai comenta: devíamos ter ido mais cedo, pra dar uma pescadinha.
Ah! nunca vão pescar, porque em pleno dia 07 de setembro, dia que agente "planeja" durmir até cansar, acordar tão cedo?
Nhaaa... Foram mesmo assim, pelo menos almoçar peixe... peixe e mais peixe! Pra quem gosta, é o lugar certo.
Peixe assado, peixe frito, peixe cozido, peixe crú!
Hum. Quem sabe pescar depois?
Aquele sol das 3 da tarde, final de inverno e um puta calor! Ai.. só a brisa pra refrescar [um pouco].
5 pessoas. 4 varas.
Ele fica saliente. ô muleque molenga.
Deita na sombra e fica brincando com as minhocas. As bichas desesperadas querendo fugir daquele saquinho que não parava de ser sacodido.
A tarde passa.
A sombra, a brisa, o céu azul.
Ele viaja, os outros pescam.
ô vida boa...